segunda-feira, 26 de maio de 2008

O milagre do cabo de vassoura

Mel é a Cocker Spaniel da minha irmã. Ela é completamente louca. A cachorra, não minha irmã. Se bem que dizem que o cachorro puxa o dono, então...
Bom, o fato é que a Mel é uma fera. Fora os cinco membros da família (pai, mãe, irmão, irmã e eu), e a minha avó (que cuidou dela quando era pequena) todos os outros são inimigos mortais da Mel. Ela odeia todo mundo. É só a campainha lá de casa tocar que ela dispara em direção à porta latindo violentamente contra o suposto invasor. Já teve carteiro atacado ao montes.
O que intriga é que com os familiares citados a cima ela é um doce. Precisa ver como ela fica quando eu chego do Rio. Late, chora, corre, pula, volta, um dengo só. Só sossega quando paro pra dar atenção.
Pois bem, acontece que minha família se mudou de casa. E a Mel está mudando também. Não se casa, mas de comportamento. Está calminha. Não avança mais na Kenia e Luciano, que trabalham lá em casa há anos e até então, enquanto estivessem lá, a Mel tinha que ficar mantida presa para não atacá-los. Agora, convivem harmoniosamente.
Mas o mais surpreendente é a tranqüilidade da Mel com o Bóia, namorado da minha irmã. Bóia era o inimigo número um da Mel. Há alguns meses, ele fica todo final de semana lá em casa. E a relação dele com a Mel era péssima.
Não é que a partir de agora Mel e Bóia também convivem no mesmo espaço sem nenhum rosnado sequer?
A tática usada: Minha mãe deu um cabo de vassoura pra ele. Agora ele vai do quarto à sala, da sala ao banheiro, do banheiro à varanda, agarrado ao cabo de vassoura. Não solta por nada. Aquele homem enorme segurando um pedaço de pau igual a uma bengala o final de semana inteiro. Imagina.
Mas já foi avisado: o pau não é pra bater na coitadinha, só pra intimidar.
Tem dado certo.

Um comentário:

Anônimo disse...

vc morava em apartamento?

Se mudou para outro apartamento ou para uma casa?