segunda-feira, 28 de abril de 2008

Atualização

Nada como um dia atrás do outro.
A última vez que postei neste blog, tava num bode forte.
Passou.
Abaixo, uma atualização em relação ao último texto.

Acho que a cada dia tô chegando mais perto.
Ainda dá insegurança.
Esse lance de medo pode ser chamado de TPM algumas vezes.
A televisão continua ligada até de manhã.
Definitivamente não é síndrome do pânico.
Os sonhos estão mais tranqüilos.
Volto a correr amanhã.
Melhorei da amidalite. Rinite agora.
Acho que a carência passou. Mas aviso, casadinho deixa a vida bem mais feliz.
Não fiz repouso e não tomei os antibióticos até o fim.
Tomei todas na festa. Tem até foto minha e do Vitor dormindo no final. Ai ai.
Nem a cerveja me deu coragem pra cantar. Sinal de que até bêbada mantenho o bom senso.
Fiz blusas bem bonitas pra quem tava sem inspiração.
Mesmo a Vogue não ajudando.
Hoje estou ótima. 5% fútil apenas. Até comprei um celular baratinho porque não vou gastar milhões num aparelho cheio de guéri guéri se só preciso falar com ele. E mesmo assim pouco. Porque posso até ser fútil, mas sou a única fútil que conheço que detesta telefone.
E vou confessar. Sou a única jornalista que conheço que detesta escrever.
Não queria escrever de novo, mas taí.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Sim, postei

Sim, ainda estou descobrindo o que quero da minha vida.
Sim, dá uma insegurança.
Sim, ando sentindo uns medos. Numa época em que pais andam jogando filhos pela janela, é razoável que se sinta. E eu que achava que não eram o pai e a madrasta, mas tá difícil de acreditar que não.
Sim, se durmo sozinha, durmo com a TV ligada, até eu ter certeza que o dia clareou e estou salva.
Não, não é síndrome do pânico.
Sim, tenho dormido bem. Apesar de uns sonhos agitados.
Não, não corri essa semana.
Sim, estou doente. Amidalite.
Sim, e um pouco carente. Apesar de meu namorado ter trazido lasanha e casadinho de sobremesa pra mim outro dia.
Não, não estou fazendo repouso absoluto, como disse a médica.
Não, não pretendo tomar os antibióticos por 10 dias, como disse a médica. Tem festa dia 22 e vou beber, na verdade pretendo me embebedar.
Não, não tenho certeza se terei coragem de cantar na festa.
Não, não estou inspirada e tenho milhões de blusas pra criar.
Sim, comprei a Vogue para me inspirar. Não adiantou muito.
Sim, tenho várias Vogues. Mas só agora tenho um motivo “não fútil” para comprá-las.
Sim, eu sou fútil às vezes. Principalmente quando estou de saco cheio, como hoje.
Não, não estava a fim de escrever isso.
Sim, como podem ver, não só escrevi como postei.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Divisor de águas

Hoje pra mim é um daqueles dias definitivo na vida de uma mulher. Um divisor de águas. Sabe quando a menina fica de chico e tem que usar primeiro absorvente? Ou o garoto que já tá com uma penugem no buço que mais parece uma sujeira e precisa fazer a barba pela primeira vez. É assim que estou me sentindo.
Hoje estou debutando no recurso utilizado por milhares de mulheres (e alguns homens, afe!) do mundo todo: a tintura de cabelo. Não, eu não quero ser mais uma candidata a cover de Bioncé (é assim que escreve? Não sei, e estou com preguiça de procurar saber. Nem gosto dela pra isso). Preciso apenas esconder o inevitável: os fios de cabelo branco que insistem em proliferar na minha cabeça. O pior, é que esses malditos, ao invés de nascer no meio da cabeça, ou na nuca, sei lá, onde podem ser escondidos, insistem em nascer na franja, logo acima da testa, saltando aos olhos. Estou vindo lá na esquina e a pessoa já me reconhece pelos fios brancos brilhando na cabeça.
Quando nasceu o primeiro, achei engraçadinho, deixei. Nasceu o segundo, o terceiro já achei esquisito, arranquei. Mas agora, virou um enxame. Praticamente uma mexa branca e não tem penteado criativo que esconda. Deixou de ser charmoso há muito tempo isso. Embora tenha ouvido um comentário de que era muito charmoso mulher de mecha banca. Mas quem falou isso foi o Fael, irmão do meu namorado, e quem conhece o Fael sabe que o gosto dele para essa coisa de estilo, moda, tendências capilares e afins é zero.
Confesso que relutei a aceitar que chegara o momento. Mas estou diante da tintura, a um passo de deixar de ser quem eu era. Depois de hoje, serei mais uma dependente da tinta, pintando mensalmente o cabelo, refém das vendedoras das lojas de produtos de beleza mal humoradas, cabelereiras frustradas isso que elas são, que olham para seu cabelo com cara de nojo oferecendo o produto hidratante de última geração porque “Seu cabelo tá beeem ressecado, hein, nem?”.
Mas o pior nem é isso. Para quem ainda não sabe, senta porque é grave. Depois que se pinta o cabelo numa tentativa ingênua de esconder os incipientes brancos, os outros fios ainda com a cor natural se organizam num movimento revolucionários e embranquecem numa rapidez incontrolável. Uma loucura.
Um belo dia você levanta, se olha no espelho, dá uma jogada no cabelo, futuca a raiz, e lá estão eles, os brancos dominando o couro capilar, te jogando na cara, que apesar de o importante é ser jovem de espírito, pasme, a idade chega pra todo mundo.
Mas a minha eu não falo, vai ter que advinhar. E depois de tingidos os danados, duvido, meu bem, que você acerte.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Coisa Fantástica

Ter amigos é uma coisa fantástica. Ter um amigo é uma coisa fantástica. Quando se têm alguns, quase muitos, ou muitos (sem pretensão), então. Nem se fala.
Sempre tive sorte neste quesito. Mais uma vez, sem pretensão. Não me lembro como foi que conheci algumas das minhas melhores amigas. Simplesmente porque crescemos sendo amigas e minha memória não chega lá no início. Mas desde que me entendo por gente eram elas que freqüentaram minhas festas de aniversário, eram com elas que estudava para as provas, eram elas que acompanharam minhas primeiras aventuras amorosas, enfim. O tempo passou, a gente não está mais junto cotidianamente, mas nosso amor continua intacto.
Depois, vieram os amigos que já consigo lembrar como aconteceu a amizade, afinidade espontânea, e essas pessoas passaram a freqüentar o hall das pessoas importantes na minha vida. De verdade. Sabe quando você se sente querida de graça e gosta de graça também. É isso.
Confesso que sou bem desnaturada, não sou de ficar ligando, se as coisas na minha vida estiverem meio confusas, pode ser que eu suma, ou que apareça de vez, depende. Mas temos uma qualidade fundamental à amizade. Não existe cobrança.
Alguns momentos na minha foram fundamentais para confirmar o quanto recebo (e conseqüentemente o quanto devo dar) esse amor incondicional.
Meu aniversário de uns 2 anos atrás, eu há muito afastada dos meus amigos, muito trabalho, namoro, viagens pra Valença no final de semana, enfim. Chamei todo mundo que eu amo para um chopp, mas confesso que fiquei bem insegura de não aparecer ninguém. E sabia que caso ninguém aparecesse, bem que eu teria culpa nisso. Não é que foi todo mundo que importava. Com raras exceções e justificativas convincentes.
O aniversário do ano passado foi a mesma coisa, apesar de não estar tão ausente dos amigos, foi um dia muito impróprio para se comemorar alguma coisa. O Rio de Janeiro estava parado por causa de vários dias de chuva e no dia do meu aniversário não foi diferente. Tava quase desmarcando, quando recebo o telefonema da Márcia, uma daquelas amigas de longa data, dizendo:
- Olha, já combinei com Paty, Ana e Simone. Mais tarde estamos lá, hein?
Como ia desmarcar? se fosse só nós cinco a festa já estaria feita. Mas não é que apareceu, de novo, todo mundo que importava. Amigos recentes e tão queridos quanto, vieram de Niterói, embaixo de temporal (fato importante).
Nesta última sexta-feira, tive mais uma dessas constatações de quanto a amizade é importante. Fiz um bazar e confesso que fiquei receosa se as pessoas animariam de vir. Mas vieram. A Ju Arara, que não poderia vir no horário, veio antes só para não deixar de vir. Só pra me dar um beijo e desejar boa sorte...e fazer umas comprinhas, claro. Foi muito bacana ter todas essas pessoas queridas em volta de um projeto meu. Me incentivando, dando força.
Ter amigos é realmente uma coisa fantástica.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Vaso ruim

Por telefone uma amiga me conta que bateu de carro.
- Um carro me fechou, perdi o controle e invadi um posto de gasolina. Fui arrebentando placa, tudo tudo que tinha pela frente. O carro ficou detonado. Horrível.
- Caraca!!!! Que perigo! Mas e você? Está bem, se machucou?
- Ah amiga. Sabe como é. Vaso ruim não quebra.
- Ainda bem.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Epidemia

Hoje acordei esquisita. Nariz coçando e espirrando a cada 2 minutos, alergia atacou feio.
À tarde fui pagar umas contas e o sol me incomodou mais do que o normal. Mal conseguia ficar com os olhos abertos.
Enquanto esperava o sinal abrir, ouvia o papo de duas senhoras, uma delas com uma criança, sobre o assunto do momento: a dengue.
- Olha como meu netinho tá mal. Tô achando que é dengue.
- Ih, minha filha, o negócio tá brabo. Tô achando que esse negócio de epidemia de dengue não é mais o mosquito que tá picando, não. Deve tá passando de pessoa para pessoa, só de ficar perto. Igual gripe.
Arrepiei.
Frio, neste dia claro e ensolarado de outono?
Por via das dúvidas saí de perto do menino. Vai que a senhorinha tá certa.