segunda-feira, 29 de setembro de 2008




quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E a Ju casou...

Foi lindo!

A catedral cheia.

A noiva deslumbrante com seu buquê de rosas vermelhas (bem a cara dela).

A festa bombou.

Música boa.

Bebida aos baldes.

Amigos de várias épocas reunidos.

Pena que durou cinco minutos.

Sabe como é? Muito prosecco na mente.

Se não fosse uma das madrinhas a atrasar...

Chegar na Igreja depois da noiva, que esperava no carro.

Os outros casais de padrinhos já formados em fila na escadaria há uns 10 minutos.

O noivo já querendo substituir a atrasada.

Te dou um doce se advinhar quem foi...

Mas como em toda história de amor, deu tudo certo no final.

E viveram todos felizes para sempre.

sábado, 6 de setembro de 2008

Pé da cama

Quando eu era criança, existiu um tempo em que eu tinha pesadelo todas as noites. Eram tubarões, bruxa da branca de neve, quedas de precipícios, fantasmas e todos esses simbolismos infanto-terroristas que fazem qualquer criança fazer xixi na cama.

Abro um parênteses aqui para dizer que eu nunca fui criança de fazer xixi na cama, mesmo quando sonhava que estava sentada na privada, eu acordava na hora que o xixi ia sair e dava tempo de correr para o banheiro, minha mãe diz que com 2 anos parei de fazer xixi nas calças e nunca mais precisei usar fraldas, enquanto que minha irmã mais velha fazia xixi na cama até mais ou menos os 15 anos (ela que não me leia).

Para, então, escapar dos pesadelos noturnos, criei alguns subterfúgios. O primeiro, de cunho preventivo, era rezar toda noite, lembro de não esquecer de rezar justamente para não correr o risco de ter pesadelos. Então eu entoava assim: Menino Jesus venha para mim, faça de mim uma boa criança, meu coração tão pequenino cabe somente Jesus menino. Depois disso, vinha o momento principal da oração, eu pedia: Ai meu Deus, por favor, faça que eu não tenha pesadelo esta noite e que eu durma com os anjos. Amém.

Bom, acontecia de algumas vezes essa oração tão espontânea e desinteressada não funcionar e eu acordava no meio da madrugada me pelando de medo. Criança corajosa que eu era (eu era daquelas que metia porrada nos meninos e ninguém nunca me pegava no polícia e ladrão) fazia um esforço para continuar na cama e voltar a dormir, mas sempre que fechava os olhos, voltava o pesadelo. Não tinha jeito, tinha que recorrer ao meu outro subterfúgio que era dormir com minha mãe. E era batata! Era só chegar lá e bastava abraçar os pés dela, só os pés!, (eu dormia no pé da cama entre ela e meu pai) que eu voltava a dormir tranquilamente. Eu achava impressionante como os fantasmas não conheciam o caminho do quarto da minha mãe.

Hoje, deixo a tv ligada, quase sem som para a luzinha azulada espantar os fantasmas. Não tem adiantado muito e o que eu queria mesmo era dormir abraçadinha no pé da minha mãe. Já faz um tempinho que não vou a Valença e há muito tempo não me sinto tão ansiosa para voltar. Talvez porque eu saiba que os fantasmas não conhecem o caminho que leva até lá.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Perto do osso


sossegue coração
ainda não é agora

a confusão prossegue
sonhos afora

calma calma
logo mais a gente goza

perto do osso
a carne é mais gostosa

P. Leminski