domingo, 29 de junho de 2008

Coisas que odeio

- Sotaque paulista cantando hino de torcida de futebol
- Gente que coloca cadeado nas fotos do orkut
- Bateria de celular que descarrega sempre que preciso
- Tentar tirar dinheiro no caixa eletrônico e este estar indisponível pra saque
- Sentir frio no pé
- Acordar com barulho de obra
- Esperar elevador
- Gente arrogante
- Encontrar cabelo na comida
- Descer a Serra das Araras de ressaca
- Estar sóbria no meio de bebuns
- Querer ir embora e não poder
- Tumulto
- Domingão do Faustão
- Chiclete grande, tipo Baballoo
- Pessoas que escovam o dente e falam ao mesmo tempo
- Caloteiros, pão-duros e mesquinhos
- Mar bravo
- Água fria
- Lavar soutien e meias
- Enxame de formigas atacando um pedaço de doce
- Gato, rato e tartaruga
- Sandália plataforma com salto de acrílico
- Pia cheia de louça suja
- Pinta cabeluda
- Não ter nada de útil pra escrever aqui.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O negócio é não sofrer!

56 são os dígitos dos meus sonhos.
58 já me faria muito feliz.
Uma vez, disse que se chegasse a 60 mudava de nome.
Já fui a 62,5.
Atualmente, 61 muito bem distribuídos.
Se chegar a 60 tá ótemo, nêga!

domingo, 15 de junho de 2008

Conversa alheia

Existem duas coisas que faço bem sozinha. Ir ao cinema e ir à praia.
O primeiro aconteceu porque todos os filmes que eu tinha vontade de ver não batiam com os que minhas companhias quriam. Se iam sob minha influência, saiam do cinema falando mal do filme. Chegou um belo dia que desisti. Passeia a ir sozinha e os problema acabaram. Podia escolher o horário, filme, cinema, tudo, sem ninguém pra dar pitaco. (Saudade do Cine Jóia, um pulgueiro, mas não me lembro de um filme ruim que tenha assistido lá...)
Quanto a ir à praia sozinha, tinha esquecido o quanto era bom. Há muito tempo que não ia à praia (mesmo estando a uma quadra de lá), muito menos sozinha. Chegando lá lembrei que a tática é sentar perto de um grupinho simpático. Aí é só se ajeitar na canga, fingir que está distraída admirando o mar e ficar de butuca na conversa alheia.
Adoro! Até quando estou acompanhada, me pego participando mais do papo ao lado do que da conversa da galera.
Hoje, o assunto da praia foi cinema. Um senhor se juntou ao grupo de duas senhoras, uma moça e um rapaz e disse que adorou Sex and the City – O filme. Confesso que até então estava entretida com meu livro, mas quando ouvi a frase parei tudo e acompanhei.
A moça, cheia de preconceitos, disse que não foi ver porque não suporta a série. “As mulheres só falam de homem. E tinha uma delas que era lésbica, ainda por cima...” Com cara de nojo. Ora, se eu pudesse, entrava na conversa e diria pra essa garota que ela tá totalmente por fora.
Além das quatros meninas da série não falarem só de homens, falam também de sapatos, bolsas, carreira, independência financeira, afeto, amizade, insegurança, carência afetiva, sexo, falta de sexo, maternidade, enfim, um monte de coisas sobre o universo feminino, com um toque, admito, de fantasia. Mas, qualquer olhar menos superficial poderia perceber isso. Além do mais, a Samantha, foi lésbica sim, mas durante um curto período da série, e sua namorada foi nada mais nada menos do que Sônia Braga, minha filha, interpretando uma artista plástica brasileira chiquérrima. Você deveria estar feliz pelo Brasil estar sendo representado de outra forma que não as estereotipadas, que estamos cansadas de ver por aí. Nos outros 98% da série, Samantha foi um ninfomaníaca, tarada por homens. O que prova a superficialidade de sua crítica. E mesmo que fosse lésbica, não é preconceito demais desgostar de uma série só por causa da opção sexual da personagem?
Não precisei me manifestar, porque o senhor disse tudo.
“Todo homem tinha que prestar atenção em conversa de mulher. Aquelas meninas são terríveis”.
Obrigada, tio. Não assisti ao filme ainda por pura falta de tempo. Por causa de você vou assistir essa semana sem falta!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Último Romance

E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe

(Rodrigo Amarante)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A redenção da barriga de fora

Recado (Rodrigo Maranhão)

Com muito dinheiro e carro do ano
Modelo importado, tu tá comentado
Não tem mais sossego e da roda de samba já se separou
Vive cercado, parece um E.T
E sai todo dia em revista e TV
Pra que tanta banca?
Na terra da santa como você vê.
A feira tá pouca, o bicho tá solto.
Tem muito estrangeiro, muito bafafá.
O dia tá feio, a lua não veio, o dinheiro não dá, não dá

Mas tem muito bamba fazendo refrão,
tem muito samba na concentração.
Muita riqueza que você não tem mais não

E tem muito água no nosso feijão
Muita mandinga na minha oração
Muita riqueza que você não tem mais não

Tem muita Maria e muito João
Tem muita rosa pelo quarteirão
Muita riqueza que você não tem mais não.


Fui no show da Maria Rita ontem. Fui sem coonhecer bem o novo CD de samba. É que quando ela começou a deixar o cabelo crescer e a encurtar o tamanho da saia, fiquei com implicância.
Gostava mais imagem dela com aqueles vestidões longos, descalça, balangando de um lado pro outro no palco, igual pêndulo.
Mesmo com a implicância, animei de ir ao show, afinal é uma puta cantora, não tem como negar.
Entrou no palco e...barriga de fora. “Putz. Ferrou, vou ficar implicando com essa barriga o show inteiro, nem vou aproveitar”, pensei. E verbalizei logo, “Cafoninha esse modelito, hein?”. Todas concordaram.(Éramos 4 amigas, mulheres e críticas ferrenhas de moda).
Começou a cantar. Samba. Justamente as músicas que eu não conhecia, e eu só pensava na barriga...
(Vou abrir um parêntese para explicar essa obcessão com a barriga. O negócio é o seguinte, a Maria Rita era gordinha, usava óculos, vestidos longos, era discreta, se destacava unicamente e ecândalosamente pela voz. Eu gostava disso. Só que emagreceu. Foi aí que tudo se perdeu. Entrou na viagem que todo ex-gordinho tem de que pode sair botando tudo pra fora. Já tinha visto ela usando microsaias e saltos altísimos (gente, no início ela só cantava descalça), mas barriga de fora era audácia demais. Falei: Depois que começou a namorar o Falcão ela tá achando que virou Débora Seco. As meninas concordaram.
Implicância total, gente! Os sambinhas foram animando, logo entraram as canções mais antigas, composições do Rodrigo Maranhão e Amarante (que eu prefiro) e, acreditem, a Maria Rita tá sarada. Tive que dar o braço a torcer. “Cara, ela tá muito bonita”, falei. Todas concordaram, 4 mulheres de sensatas que somos.
Apesar de estar adotando o estilo meio Shakira de ser e estar bem diferente daquela que eu gostava (mais low profile), continua com um vozeirão e um repertório maravilhoso e com muito mais presença e domínio de palco.
Nem lembrei de que ela estava de barriga de fora e me acabei de dançar e cantar.
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Mas quem se acabou mesmo, foi uma Tchuca que estava ao nosso lado. A mulher com um minivestido, sambava, rodava, levantava os braços, sorria grande, ia até o chão, que tava até chamando mais atenção do que a Maria Rita. Pensei na hora em que os holofotes iam se virar todas para ela. As namoradas já estavam até retirando os respectivos de perto, quando alguém lançou:
“Ih, essa aí tá se achando a Maria Rita Cover”.
“Maria Rita Banguela, né? Porque tá faltando dente nessa boca aí”, falei.
Tc,tc,tc. Que maldade.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Boa companhia

Ontem, almocei um risoto.
Na verdade, um mexidão mesmo, daqueles com resto de tudo que tem na geladeira.
Para me fazer companhia, já que estava sozinha, uma taça de vinho tinto.
Bom, seria taça se eu a tivesse, como as minhas quebraram há um tempão e não comprei outras ainda, tomei no copo de requeijão mesmo.
Uma taça (vamos falar taça para manter o romantismo) virou duas, três...Não passou de quatro.
Quando contei do meu menu, me disseram que isso é sinal de alcoolismo.
Pode até ser, mas que me achei muito chique, me achei.
Mesmo com o copo de requeijão.