segunda-feira, 16 de março de 2009

Sexta-feira 13


Então era sexta-feira.
E o mundo caiu no Rio de Janeiro.
Na hora do rush.
Sorte que tinha acabado de chegar em casa.
Chuva em plena sexta-feira à noite é foda.
E eu tinha um aniversário pra ir.
Mas teria que ir sozinha.
Um fator desestimulante.
Mas era aniversário de uma pessoa bem legal do meu trabalho.
Mas não tinha tanta intimidade com as pessoas.
Amigos novos do trabalho.
Mas aí é bom que faz intimidade na marra.
Mas dá uma insegurança.
Detesto me sentir deslocada.
Mas o lugar, dizem, era bem legal.
Mas eu teria que ir de sozinha e num sei bem onde é.
Mas imagino.
E de táxi é fácil.
Mas eu sempre penso que taxista é tarado.
Mas isso é viagem da minha cabeça.
Se parar de chover, eu vou.
Parou.
Vou ligar.
Se as meninas que eu combinei de encontrar atenderem, eu vou.
Não atenderam.
É, vou ficar.
Telefone toca.
“Oi Lelê, vc vem?”
Adoro quando me chamam de Lelê.
Era a aniversariante.
“Vou sim! Claro, querida!”
Fui.
E foi muito legal.
Não me senti deslocada momento algum.
Sambei até de manhã.
O Moacir Luz não foi, mas confesso que nem senti falta.
Tinha brigadeiro com castanha e bolo.
O taxista da ida foi ótimo, o da volta foi estranho.
Mas cheguei em casa viva.
Sexta-feira 13 que começou bem esquisita, terminou surpreendentemente bem.

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